No dia 17 de fevereiro, estiveram no auditório da nossa Escola um biólogo da SPEA (Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves), Tiago Dias, em parceria com duas representantes da VMT Madeira, uma empresa de Viagens de Catamarã, que recebeu recentemente o Galardão de Bandeira Azul devido às suas boas práticas ambientais.
Nas viagens de lazer que proporciona aos seus visitantes, ao largo da costa madeirense, existe quase sempre a possibilidade de observação de baleias e golfinhos no seu habitat natural.
O objetivo desta palestra foi elucidar os alunos do 8º ano da equipa 8, para o conhecimento de espécies marinhas de cetáceos e aves que nos visitam todos os anos, as ameaças eminentes a estas espécies e qual pode ser o nosso contributo para melhorar os ecossistemas a que pertencem.
A bióloga Sara, da VMT Madeira, explicou o que são cetáceos, as rotas que percorrem ao longo do ano e os seus percursos na ilha, como ponto de referência nas rotas migratórias. Durante o ano visitam-nos 28 espécies de golfinhos e baleias, pois a ilha da Madeira tem alimento disponível para estes seres vivos, assim como uma boa temperatura da água, sendo o golfinho roaz-corvineiro e a baleia-piloto considerados espécies residentes por se encontrarem na ilha ao longo de todo o ano.
Outro tema abordado foi a consciencialização para as ameaças eminentes a estas espécies, com referência especial para o plástico lançado nas águas que afeta sobretudo as cadeias alimentares marinhas, levando à morte e extinção de muitos seres vivos e as redes de plástico abandonadas que funcionam como armadilhas.
Foram discutidas com os alunos ações locais para uma melhor eficácia na proteção dos ecossistemas marinhos, como por exemplo: escolher produtos que não contenham microplásticos; evitar plásticos descartáveis; utilizar garrafas que possam ser reutilizadas; realização de limpezas de praia e criação de áreas protegidas.
Como exemplo das áreas protegidas na Ilha da Madeira foram destacadas a Reserva do Cabo Girão, como é constituída, a sua biodiversidade e espécies endémicas; a Reserva das Ilhas Desertas, criada em 1995, o porquê da sua criação, as espécies endémicas e a sua importância para a manutenção da população de lobos-marinhos, considerados as focas mais raras do mundo, e aves como a cagarra, cuja caça ilegal provocou o seu quase desaparecimento.
O biólogo da SPEA, Tiago Dias, relembrou aos alunos as aves marinhas que visitam a nossa região, os seus habitats e os perigos eminentes durante o ano. Destacou ainda algumas espécies de aves marinhas e terrestres que fazem parte das reservas naturais mencionadas.
O grupo de Ciências Naturais
Paula Cruz e Margarida Baptista