Nos dias 14 e 20 de outubro, os alunos do 9º ano, turmas 1, 2, 3, 4 e 5, deslocaram-se ao Cine Teatro de Santo António para assistir à peça de teatro “Atores e Piolhos com Ñaque Ñaque”, seguindo-se, ao término da sessão, uma Conversa de Bastidores com os atores e o dramaturgo e encenador, Eduardo Luiz, sobre os desafios, os destinos e a errática e precária condição teatral.
A sinopse da peça indicava que a peça tinha um “(…) registo divertido, onde se refletia sobre o ofício do ator, a condição do espetador e a necessidade humana de perdurar, de deixar uma marca, tornando-se toda a ação dramática uma metáfora da precariedade da própria condição humana…”. Assim sendo, as quatro personagens em palco encarnaram a condição de atores ambulantes, perdidos no tempo e no espaço que se reencontram num palco, no presente, carregando as malas, onde guardavam toda a sua herança teatral, todas as peças representadas, toda uma história e um legado. Nesse presente, no momento de representação, as dúvidas, temores e inquietações que os atormentavam, surgiam e atrasavam constantemente a representação.
No final da peça, a conversa com o dramaturgo e encenador, Eduardo Luiz, e com atores permitiu trabalhar o projeto da equipa 9, “As Profissões”.
Após um trabalho concertado com todas as disciplinas e materializado em OAI, em parceria com a psicóloga da escola, Dr.ª. Márcia Rodrigues, foi elaborado um roteiro de questões, dando a oportunidade aos alunos de conversarem com profissionais de diferentes áreas, conhecerem o seu percurso escolar e profissional e definir os critérios da escolha profissional, tendo em mente o percurso/curso académico para exercer determinada profissão; com quem, onde e como determinado profissional trabalha; quais são as suas possibilidades de atuação; como se desenvolve a carreira deste profissional e quais os desafios e funções que se exercem nas suas diferentes áreas.
Os discentes consideraram o espetáculo muito bom, o que os levou a refletir sobre a moralidade e atualidade da mesma, inferindo essa metáfora da precariedade da própria condição humana. No final, a participação dos alunos foi muito profícua, ao serem colocadas as questões aos atores e registando as suas dúvidas, medos, percursos, sucessos e expetativas, pessoais e profissionais.